No regresso à competição, após o período de férias, nada como relembrar como deve ser feita uma volta à pista do CSB. Por Hugo Figueiredo.
A actual pista do CSB foi reaberta em Abril. A forma anterior foi globalmente conservada, apenas com aumentos de algumas secções rectas e a completa reestruturação da última curva.
A pista é de material Carrera à escala 1:24, com 6 calhas identificadas por cores, com um perímetro médio de 40 metros, com um total de 8 curvas. A alimentação é providenciada por 6 transformadores DS (… modelo?), regulados a 15 Volt. O sistema de contagem de tempo e voltas é da responsabilidade de um sistema DS-300.

Traçado da pista do CSB
Uma volta à pista do CSB:
A pista do CSB apresenta a maior secção recta de todas as pistas permanentes em Braga, com uma recta de 9,25 metros. Os carros são geralmente afinados com relações “longas” para tirar proveito desta secção. A força de travagem é relativamente forte em todo o perímetro, o que facilita o recurso às relações longas.
A Curva 1 aguarda os pilotos à saída desta secção recta, onde as velocidades são mais elevadas. É uma curva simples com 90 º de arco, virando à esquerda. As peças que constituem as calhas interiores são das de menor raio. As calhas exteriores (“branca” e “preta”) necessitam apenas de travagem ligeira na maior parte dos casos, dependendo dos modelos em questão. As calhas interiores (“azul” e “amarela”) necessitam de maior distância de travagem, mas este ponto da pista é favorável a quem defende a posição em pista numa calha mais interna.

Curva 1
Saindo da Curva 1, entra-se na recta das “boxes”, a zona onde é permitida a assistência aos modelos por parte dos concorrentes. Esta é uma secção curta com cerca de 2 metros e que conduz a uma das zonas mais importantes em termos de tempo de volta, os “esses” (Curva 2 e 3).
Os “esses” são formados por uma curva à esquerda de raio largo, com 240 º de arco (Curva 2), mudando de direcção para uma curva à direita de raio estreito, com 150 º (Curva 3). As calhas do meio podem ser feitas a velocidade quase constante, mas o real desafio são as calhas internas e externas, em que é necessário controlar a velocidade na mudança de direcção. Esta é acompanhada de uma mudança de raio, o que obriga a variar bruscamente de velocidade (pode ser uma entrada rápida com saída lenta, ou o oposto, dependendo das calhas).

Os "esses"
Saindo dos “esses”, os modelos passam na recta paralela à recta principal. Esta é a segunda maior secção recta da pista, com quase 4 metros de comprimento. Este facto torna a aproximação à Curva 4 mais complicada.
A Curva 4 é uma curva à direita com um arco de 120 º e raio mais curto nas calhas interiores (“branca” e “preta”). A velocidade a que os modelos chegam é o principal obstáculo a contornar. Esta secção apresenta algumas irregularidades do piso, o que testa eficazmente a estabilidade dos modelos.

Curva 4
Segue-se mais uma curta secção recta, com cerca de 2 metros, que lança os modelos para a Curva 5, o único “gancho” de 180 º, efectuado para a esquerda. O raio é apertado, mas a curva não apresenta grandes desafios aos pilotos, sendo que a maior parte dos despistes seja devida a exageros da parte dos pilotos.

Curva 5
Segue-se outra secção muito importante e mais exigente em termos de técnica. A Curva 6 fica no seguimento da única secção recta com inclinação. Esta curva fica no final da subida e a mudança súbita de inclinação provoca instabilidade nos bólides. A Curva 6 tem 120 º de arco e tem raio apertado. Aliada à mudança de inclinação, os pilotos adoptam mais cautelas nesta zona. Outro facto é a colocação dos comissários de pista numa zona mais distante desta curva, para que não haja prejuízo de visibilidade dos pilotos, o que penaliza grandemente o tempo de volta, em caso de despiste.

Curva 6
Saindo da Curva 6, depois de mais uma curta secção recta, os pilotos terão de passar pela Curva 7, uma exigente curva à direita com 270 º de arco e raio variável, sendo feita com inclinação descendente. A variação de raio ao longo da curva, aliada à variação em altura, obrigam a um carro muito estável para poder passar rapidamente nesta secção.

Curva 7
A saída da Curva 7 passa por um curto túnel, cuja saída ocorre bastante distante da Curva 8, o que não acarreta problemas de visibilidade. Esta curva também apresenta raio variável, sendo larga na entrada e mais apertada na saída. As distâncias de travagem são bastante curtas na entrada desta curva e os pilotos limitam-se a dosear o gatilho na mudança de raio. As calhas interiores não apresentam grande tracção e alguns modelos podem até atravessar ligeiramente durante a curva para poder conseguir um melhor tempo de volta.

O túnel

Curva 8
Saindo da curva, os modelos terão novamente à sua frente a grande recta principal, entrando noutra volta. Não sendo uma pista com muitas curvas, cada uma delas tem uma natureza diferente. O segredo para um bom tempo de volta passa por dominar os requisitos de cada uma.
Tradução de Hugo Figueiredo.
Artigo original disponível em:
http://slotcardriverlog.blogspot.com/2009/08/presenting-csb-slot-track.html